Mulher de cadeirante é aquela que vê o marido sentado no sofá trabalhando; dá um beijinho nele e diz que vai limpar a casa. Tudo ocorre como o previsto, até que ela solta algo do tipo:
- Amor, ergue o pé pra eu limpar.
???
O amor é tão diferente da paixão. Eu aprendi isso muito rápido. Nossas diferenças nos completam e nos aproximam. Não nos distanciam.
Às vezes me esqueço que o Hiuri está em uma cadeira e peço algo que ele não consegue fazer. Assim como às vezes ele esquece que eu sou mulher e pede algo que eu não consigo fazer. Isso deveria aumentar ou diminuir nosso amor um pelo outro? Não aumenta, nem diminui; isso apenas nos diferencia. Nos ajuda a entender que, apesar de sermos uma só carne, somos dois corpos, duas mentes, e sistemas emocionais completamente diferentes. Compreender isso nos permite o sucesso na relação – como em qualquer outro relacionamento.
Resolvi incluir no blog essa coluna porque por onde passamos, ficam os curiosos, e/ou pessoas cheias de teorias e pré-conceitos, com muitas perguntas. Alguns são tímidos e tentam esconder o que pensam, embora seus olhos não permitam segredos; outros são corajosos e perguntam ou dizem o que pensam, embora nem sempre estejam de fato com os ouvidos abertos para entenderem a resposta. E há aqueles que são “sem noção mesmo.” Que dizem cada coisa! Às vezes me pergunto: “Será que essa pessoa pensa que o Hiuri além de cadeirante é surdo?”.
Enfim, espero que gostem e que possamos nos divertir juntos, lembrando histórias que já vivemos. Isso não é pra ser uma aula sobre lesão medular ou cadeira de rodas, mas deve ajudar, de forma descontraída, a diminuir as dúvidas. Além disso, vocês podem deixar perguntas nos comentários, compartilhar com pessoas que vivem situações parecidas ou que ficaram cadeirantes recentemente para que possamos ajuda-las.
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Bjsssss
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